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Santa Rosa,28/04/2024

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Plantio do trigo atinge 55% da área estimada para esta safra


Plantio do trigo atinge 55% da área estimada para esta safra Foto de José Schäfer | Sementes sendo colocadas nas semeadeiras
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A cultura do trigo encontra-se em fase de implantação, mas a prevalência de chuvas e de umidade suspendeu em parte a semeadura na maioria dos municípios produtores do Estado. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (22/06), até o momento, 55% da área estimada para o trigo foi semeada, mais especificamente na região Noroeste. A estimativa da safra 2023 aponta que a área a ser cultivada com trigo no RS é de 1.505.704 hectares. A produtividade prevista é de 3.021 kg/ha.

A ocorrência de chuvas não teve impacto negativo nas lavouras implantadas, e os volumes pluviométricos elevados, na região afetada pelo ciclone, não atingiram as áreas de cultivo do cereal. A umidade adequada do solo tem sido favorável para a germinação – fase inicial do desenvolvimento vegetativo –, resultando em um estande de plantas apropriado e em aspecto fitossanitário satisfatório.

A aveia branca também está sendo implantada, no entanto, a atividade foi comprometida devido ao excesso de umidade no solo causado pela persistência das chuvas. Algumas lavouras, que anteriormente exibiam sinais de estresse hídrico, conseguiram recuperar sua turgescência. Porém, a maioria das lavouras, que não foram afetadas, apresenta desenvolvimento vegetativo satisfatório. Para esta safra, a estimativa de área de cultivo é de 365.081 hectares e a produtividade é de 2.340 kg/ha.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, o desenvolvimento da aveia branca é favorável, com germinação e estabelecimento inicial excelentes. As lavouras estão no estádio de perfilhamento e recebendo a adubação nitrogenada em cobertura. Além disso, as condições fitossanitárias são muito boas, e há baixa incidência de pragas e doenças.

Também em implantação, a cultura da canola teve a semeadura impedida pelas condições meteorológicas registradas nos últimos períodos. Projeta-se uma área de cultivo de 67.219 hectares, e produtividade de 1.632 kg/ha. Na região de Santa Rosa, a área de cultivo é de 32.180 hectares, com estimativa de produtividade de 1.592 kg/ha. Até o momento, 88% da área foi plantada. Estão em fase de desenvolvimento vegetativo 93% das áreas, e 7% em início de florescimento. As lavouras, que apresentam densidade de plantas satisfatória e excelente aspecto, embora tenham sido observadas incidências prematuras de infestação de pragas, tornando necessário realizar o controle.

Na cevada, a projeção de cultivo é de 35.899 hectares, e a produtividade é de 3.144 kg/ha. A cultura está em implantação, mas a semeadura foi suspensa em função da recorrência de precipitações. As lavouras apresentam bom estabelecimento inicial, com emergência uniforme e plantas saudáveis. Nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Erechim e Ijuí, a área semeada atinge 80%; na de Frederico Westphalen, alcança 45%; e na de Soledade, 15%.

CULTURAS DE VERÃO

Soja – Com a colheita encerrada nos 6.513.891 hectares cultivados com soja no RS (produtividade estimada de 1.923 kg/ha), os sojicultores encontram-se em fase de planejamento para o plantio da próxima safra, atribuindo prioridade à obtenção de crédito de pré-custeio. Entretanto, tem-se observado, em algumas regiões, uma série de problemas de inconsistência de mapas decorrentes do cruzamento entre o georreferenciamento do CAR e o mapa das áreas a serem financiadas, prejudicando, assim, a contratação das operações. Outro aspecto que tem gerado inúmeras dúvidas é a nova classificação de solos adotada no Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), principalmente em relação a seus impactos nas janelas de plantio da cultura e à possibilidade de aproveitamento das análises de solo atuais. Há também grande expectativa acerca da divulgação dos parâmetros do novo Plano Safra, que deve ser anunciado na próxima semana. Especial atenção é dada às taxas de juros, aos limites financiáveis, ao valor máximo de enquadramento, aos custos adicionais no Proagro e ao volume de recursos destinados à subvenção dos seguros privados.

Milho - A área de cultivo no Estado está estimada em 810.380 hectares e a produtividade estimada é de 4.440 kg/ha. Em função das condições meteorológicas predominantes no período, a colheita avançou apenas 1% da área, atingindo 99%. Os produtores aguardam, com expectativa, a definição do Plano Safra para dar continuidade aos encaminhamentos de propostas de custeio das lavouras da próxima safra nos agentes financeiros.

OLERÍCOLAS

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, em Uruguaiana, são boas as condições fitossanitárias das culturas folhosas. O tripes, que é o principal inseto-praga e vetor de doenças, está sendo bem controlado devido às temperaturas mais baixas, que favorecem o manejo. As produções de alface, rúcula, couve, tempero verde e espinafre estão em excelente momento, com folhas vistosas e plantas livres de insetos e doenças. O preço dessas espécies apresentou pequena queda nas últimas semanas devido à oferta abundante.

Na região de Lajeado, as baixas temperaturas favorecem as culturas da estação fria. Os volumes de chuva eram esperados para a recuperação dos mananciais, porém a concentração, em curto período, na região do Vale do Caí, provocou estragos nos cultivos de hortigranjeiros e inundações nas zonas urbanas de São Sebastião do Caí e Montenegro, e inundação de áreas ribeirinhas, arroios e rios, provocando o apodrecimento de parte dos cultivos, variando conforme o município e as características das áreas.

Na região de Porto Alegre, o mercado de hortaliças folhosas se estabilizou durante a semana. Entretanto, devido à ocorrência de precipitações resultantes da ação de um ciclone extratropical, houve perdas de cultivos em regiões importantes para o abastecimento gaúcho. Litoral Norte, Vale dos Sinos e Vale do Paranhana foram muito atingidos por enxurradas e ventos.

PASTAGENS E CRIAÇÕES

Apesar das baixas temperaturas e da ocorrência de dias nublados, as pastagens de inverno se desenvolvem bem, garantido o suporte nutricional dos animais. Já nos locais onde as chuvas foram intensas, houve registro de prejuízos nas pastagens devido ao pisoteio e ao arranquio causado pelos animais.

Na Bovinocultura de Corte, as chuvas dificultaram as ações a campo, principalmente nos locais onde houve excesso de umidade no solo, deixando os campos encharcados. Houve relato de mais casos de tristeza parasitária no rebanho, situação relacionada à alta infestação de carrapatos durante os últimos meses. Segue o período para os produtores efetuarem a declaração anual obrigatória dos rebanhos nas Inspetorias de Defesa Agropecuária (IDAs), que se estenderá até o final de outubro.

Na Bovinocultura de Leite, a melhor qualidade e o bom desenvolvimento das pastagens de inverno (aveia e azevém) proporcionam aumento na produção de leite, possibilitando a diminuição da suplementação de concentrados como fonte de proteína. Apesar das baixas temperaturas, não houve problemas relacionados ao conforto térmico, pois os rebanhos leiteiros são formados por animais de origem europeia, que são mais adaptados a locais de frio extremo. Porém, o excesso de chuvas também causa a formação de barro nos locais de uso pelos animais, principalmente próximos à ordenha, aumentando as chances de contaminação do leite e os casos de mastites.

PESCA ARTESANAL - Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas, a pesca na Lagoa dos Patos está em período de defeso até 30/09. Em Rio Grande, a maioria dos pescadores já encaminhou a documentação para receber o seguro-defeso. Em Pelotas, apesar do período de defeso, segue a comercialização do pescado em estoque. Na Lagoa Mirim, o nível de água ainda continua muito abaixo da média. Em Tavares, o período é de entressafra na Lagoa do Peixe, que voltou a encher de água, porém ainda não há incidência de camarão.

Na região de Porto Alegre, a passagem do ciclone extratropical impactou a atividade pesqueira em diversos municípios do Litoral Norte do RS. Em Capão da Canoa e Xangri-Lá, a força das águas provocou a perda de petrechos, principalmente de cabos fixos de pesca na beira da praia. O impacto também afetou a pesca em águas internas, devido ao lixo e aos materiais arrastados pela enchente dos morros e das cidades atingidas.




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