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Santa Rosa,20/04/2024

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Como a fábrica de trolls criada por Prigozhin ajudou Trump nas eleições de 2016

Fonte: g1.globo.com
Como a fábrica de trolls criada por Prigozhin ajudou Trump nas eleições de 2016
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Aliado de Putin, chefe do grupo Wagner criou campanha de desinformação massiva para prejudicar Hillary Clinton, revelou investigação da Justiça americana. Donald Trump durante discurso a apoiadores horas depois de ser acusado formalmente, em 4 de abril de 2023
Marco Bello/Reuters
Até articular no fim de semana a fracassada rebelião armada e balançar os alicerces do centro de poder na Rússia, Yevgeny Prigozhin serviu fielmente aos interesses de Vladimir Putin. Como dono de uma empresa de catering que abastecia o Kremlin e transformado em oligarca, nas últimas três décadas ele diversificou os negócios para conspirar contra a democracia dentro e fora da Rússia.
Criou uma força militar de mercenários, atuando na Ucrânia e países do Oriente Médio e da África, e assumiu o papel de liderança na interferência russa nas eleições americanas de 2016, que projetaram Donald Trump ao comando dos EUA.
O chefe do Grupo Wagner se gabou de ter orquestrado uma operação para influenciar a política americana com uma gigantesca campanha online, promovida pela empresa Internet Research Agency (IRA na sigla em inglês), com sede em São Petersburgo, também conhecida como “fazenda de trolls”.
Donald Trump e Hillary Clinton durante um debate na época da campanha presidencial
Mike Segar/Reuters
Na véspera das eleições de meio de mandato nos EUA, em novembro passado, ele admitiu pela primeira vez o papel no conluio para ajudar Trump e minar a candidatura de Hillary Clinton e disse que repetiria a ação se necessário. “Nunca fui apenas o financiador da Agência de Pesquisa da Internet. Eu a criei e a gerenciei por muito tempo”, postou em fevereiro passado.
Em 2018, Prigozhin foi acusado, com outros 12 russos e três empresas, pelo promotor especial Robert Mueller e por um grande júri de interferir nas eleições americanas. Um mandado de prisão foi emitido contra ele nos EUA, assim como sanções financeiras, aplicadas também pelo Reino Unido e pela União Europeia.
Robert Mueller comenta investigação relacionada à Rússia em 2019, no Departamento de Justiça dos EUA
Jim Bourg/Reuters
Da mesma forma como recrutou mercenários em prisões para atuar na frente de batalha ucraniana, Prigozhin contratou um exército de funcionários russos, fluentes em inglês, para disseminar mentiras e desinformação, no período que antecedeu as eleições de 2016, por meio de contas falsas nas plataformas de mídia social dos EUA.
A agência criada por Prigozhin operava supostamente por meio de empresas de fachada russas e tinha a seu dispor um orçamento milionário, segundo a acusação. Gastou US$ 100 mil em mais de 3.500 anúncios no Facebook. Em outras mídias sociais, atuou também como num território sem fronteiras, atraindo milhões de seguidores/eleitores americanos.
A investigação de Mueller foi corroborada por chefes de inteligência dos EUA. Semanas antes do julgamento, em 2020, o Departamento de Justiça dos EUA anunciou que retiraria a acusação contra a Concord Management and Consulting, também de propriedade de Prigozhin, e uma das financiadoras da fábrica de trolls.
A base para arquivar era de que julgar uma empresa sem presença física nos EUA revelaria segredos da investigação e informações confidenciais que ameaçariam a segurança nacional. Prigozhin, que, segundo o Kremlin foi levado para o exílio em Belarus, ainda é considerado procurado pela Justiça americana.




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