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Santa Rosa,04/12/2024

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Polícia afirma que homem criou perfil falso e forjou ofensa racista contra si

Conclusão de inquérito levará proprietário da pastelaria, que também é motoboy, a indiciamento

Fonte: GZH
Polícia afirma que homem criou perfil falso e forjou ofensa racista contra si
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A Polícia Civil de Campo Bom, no Vale do Sinos, concluiu que a suposta injúria racial investigada após denúncia realizada pelo microempresário e motoboy de uma pastelaria da cidade foi produzida a partir de um perfil falso criado pelo próprio ofendido.

O fato tornou-se público na noite da terça-feira (14), quando o homem relatou às autoridades ter sido alvo de ofensa praticada por uma mulher pela plataforma digital iFood.

Na mensagem que foi registrada por meio do perfil falso na nota de pedido do lanche, consta a uma queixa sobre suposto último atendimento. O texto escrito no campo das observações menciona: "veio um motoboy negro" e e cita: "não gosto de pessoas assim encostando na minha comida".

Conforme o delegado Rodrigo Câmara, titular da Delegacia de Campo Bom, após intenso trabalho investigativo, com análise e cruzamento de dados, os policiais civis verificaram que "a própria vítima teria sido o autor da manifestação com cunho ofensivo, discriminatório e preconceituoso".

Câmara conta que o proprietário do restaurante foi intimado para ir à delegacia e, então, confrontado pela polícia a respeito dos dados obtidos, admitiu que gostaria de se retratar, assumindo que ele próprio criou a conta no aplicativo do iFood e encaminhou o pedido com a observação discriminatória.

"Desta forma, a investigação foi concluída e a 'vítima' será indiciada pelo cometimento do delito de falsa comunicação de crime previsto no Código Penal, sendo que o inquérito policial será remetido ao Poder Judiciário nos próximos dias", informou o delegado, em nota.

O que diz o iFood

Logo que o caso foi de conhecimento da plataforma de delivery, o iFood enviou uma nota na quarta-feira (15) afirmando que não compactua com "atitude racista". Após o desfecho do caso, a empresa enviou um novo posicionamento: 

"O iFood segue à disposição das autoridades para colaborar com as investigações em curso. Em caso de confirmação de violação dos termos de uso da plataforma, serão tomadas as medidas cabíveis."




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